Que motivo existe então para tanto perfume e beleza? Aparentemente nenhum. As flores são o que são pela sua própria natureza interior, não importa que a vejam ou não. Quer estejam num belo jardim ou no meio da mata onde ninguém as verá. Não importa onde nascem, são sempre a manifestação de agradável beleza.
Da mesma forma devem ser os homens, só que com uma diferença: o que a flor é por inocência, deve ser o homem por sapiência. Tem o homem a liberdade para ser a mais bela manifestação do Eterno. Muitos são contra, o que na maioria acontece. Outros, livres e conscientes da Divindade, se integram passando a refletir a consciência do Supremo Deus, saturando a terra de luz, beleza, perfume e, acima de tudo, do amor incondicional que a tudo envolve no seu carinho protetor.
E as flores? Teriam elas inveja uma das outras? Teriam inveja das rosas ou desejariam um dia virem a ser rosas? Não! As flores estão felizes em ser o que são, felizes por serem manifestações do Criador, sem pretender nenhuma justiça por parte Daquele que tudo é, pois tudo que elas são a Ele pertence e delas mesmo nada possuem.
O homem bom deve ser bom, porque esta é a sua natureza e não para receber prêmios ou louvores. Não importa se verão ou não a sua bondade. Deve ser como as flores que não escolhem lugar e nem pedem reconhecimento para ser o que de fato são.
Devemos imitar as flores cuja alegria e felicidade estão na atitude permanente de refletir o belo, o perfumado, o imponderável. O nosso paraíso não está no além, nem no aquém, está dentro de nós mesmos."
Para completar o texto vale ressaltar:
“Aqueles que têm o desejo ardente de se igualar à beleza das flores, possuem corações que a elas se assemelhem.” (Meishu-Sama).