VOCÊ APRENDE


"Depois de algum tempo,
você aprende a diferença, a sutil diferença
entre dar a mão e acorrentar uma alma.

E você aprende que amar não significa apoiar-se,
e que companhia nem sempre significa segurança.

E começa a aprender que beijos não são contratos
e presentes não são promessas.

E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida
e os olhos adiante com a graça de um adulto,
e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas hoje,
porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos,
e o futuro tem o costume de cair em meio ao vôo.

Depois de um tempo,
você aprende que até o sol queima
se você ficar exposto por muito tempo.

Portanto, plante seu jardim e decore sua alma,
em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar...
Que realmente é forte e que realmente tem valor..."

(William Shakespeare)

NO FIM DAQUELA ESTRADA...


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NO FIM DAQUELA ESTRADA ...

Deixei minha casa velha
de tábua, de vento e alegria.
Tremelicava a porteira de verde pintada,
ao sabor de brando vento,
lá no fim daquela estrada.

Um rio de águas brancas,
cristalinas, verdes, azuis.
Uma curta pinguela existia, frágil e tênue,
no correr daqueles campos,
no fim daquela estrada, deixei.

Oculto no verdor da mata, um riacho
habitado por gnomos, duendes e ninfas,
que alí faziam festa, à luz do ocaso,
no clarão do arrebol, no horizonte flamejante.
Lá eu deixei, no fim daquela estrada.

Lá eu me deixei entre fontes e flores vicejantes,
Lá eu te deixei, um amor, um arco-íris verberante,
o vergel, a brisa, o cascalho florescente.
Tudo isto se vai, tudo se esvai, tudo se apaga,
No fim daquela estrada ...

(Autoria: Lala Lopes- premiada 1992-PMSA/Jornal Diario ABC)